quinta-feira, 7 de abril de 2016

A escola não é o único caminho

O mundo é realmente um lugar incrível, pois às vezes aprendemos uma lição de onde menos esperamos. A breve história que contarei agora é real.

Eu estava sozinho numa mesa de restaurante em horário de almoço, quando um homem de aproximadamente uns 40 anos e de aparência humilde perguntou se podia sentar ao meu lado. Respondi que sim e uma longa conversa teve origem. No meio dela, ele contou que trabalhava naquelas máquinas pesadas construindo rodovias. Contou com orgulho que ganhava 5 mil reais, salário este que nem mesmo vários “doutores” que passaram a vida estudando feito loucos, com a cabeça enfiada em livros, não conseguem. Detalhe: o homem havia estudado apenas até a 4ª série. 

A principio, alguém desconfiado não acreditaria na cifra dita por ele, mas eu acredito e por dois motivos: (1) conheço outras pessoas do mesmo ramo que afirmam ganhar nessa faixa. (2) a relação serviço-salário teoricamente está em pleno acordo com a lei de mercado que diz: Se poucas pessoas aceitam trabalhar em determinado ramo, então será preciso aumentar o preço do salário para atrair mais pessoas interessadas em determinado emprego. Simples então: trabalhar com máquinas pesadas para construir rodovias é um serviço que poucas pessoas querem, em conseqüência disso, as empreiteiras são forçadas a aumentar o valor do salário para atrair trabalhadores interessados.

No entanto, o que me chamou atenção na história foi a afirmação categórica do homem: “estudei pouco na vida, porém ganho mais dinheiro que muitas pessoas que possuem diploma por aí, muitos deles estão até desempregados com seus diplomas pendurados na parede”. Confesso que isso me derrubou. Um homem simples acabou de me ensinar que no Brasil, há uma bizarra “cultura do diploma” que muitas vezes não nos leva a lugar algum.

A cultura do diploma seria a crença de que todos os cidadãos precisam freqüentar escola, tirar boas notas, passar de ano, passar no vestibular, se formar e então ser feliz ganhando rios de dinheiro e ser socialmente respeitado. Mas isso é quase totalmente falso. Porque a “escola” padronizada pelo governo não é o único caminho para obter sucesso profissional e realização pessoal. Há milhares de outros caminhos, outras opções. A opção que aquele homem escolheu é apenas uma entre as tantas que existem.

Se pararmos para pensar na escola atual, teríamos que dizer que ela nem sequer está entre as melhores opções. Vejamos a rotina de uma escola comum: os professores despejam conteúdo na cabeça dos alunos numa aula tediosa e passiva, os alunos estudam apenas para “tirar notas e passar de ano”, quase nada aprendem e aos pais só cabe a responsabilidade de cobrar boas notas dos filhos e exigir um diploma ao final dessa tortura. A leitura? Todos odeiam. O gosto pelo conhecimento? Passa longe. Só resta em seguida estudar de forma absurda aquelas matérias que todos odeiam na esperança de passar no vestibular e ser feliz!
Há outros caminhos que fogem da escola, é nisso que temos que nos concentrar. Pensando sobre o caso daquele homem, lembrei que conheço pessoas que trabalham em diversos ramos e tranquilamente ganham salário acima de 2 mil reais (um salário relativamente bom em muitos locais do Brasil) e essas pessoas não possuem um diploma universitário, elas simplesmente optaram por um trabalho que aliasse um bom salário e a satisfação pessoal. Lembrei daquele garoto de 9 anos que é pintor talentoso e já ganhou quase um milhão vendendo seus belíssimos quadros. E lembrei ainda de uma garota de 18 anos que faz vestidos maravilhosos que parecem retirados de filmes de princesas. Que instituição ensinou esses jovens a desenvolver seus talentos: a escola? Definitivamente NÃO. Se dependesse da escola, esses jovens estariam stressados ou entediados estudando para provas, enquanto seus talentos e sonhos seriam destruídos ao longo dos anos. O que esses jovens têm em comum é o fato especial de terem aliado o que sabiam fazer de melhor, seus talentos, a uma visão empreendedora de mercado, mas isso só foi possível porque eles tiveram liberdade para fugir do padrão robotizado da escola governamental.

O que estou tentando dizer no fim das contas é que frequentar a escola padronizada pelo governo e ter diploma não é garantia alguma de sucesso profissional, pelo contrário, pode gerar até amargas frustrações. Se a escola só ensina matérias tediosas que nenhum estudante tem interesse, com assuntos que jamais serão colocados em prática no cotidiano das pessoas e que em nada ajuda na formação profissional, fica claro que esta escola moderna está no caminho errado e que gerações de estudantes estão sendo enganados!

Assim sendo, ter um diploma então não pode ser motivo de orgulho e soberba, já que o caminho para obtê-lo é uma tortura absurda e, muitas vezes, gera até decepções, tais como baixos salários e até desemprego. Da mesma forma, não ter diploma universitário não é sinônimo de fracasso ou vergonha, pois se assim o fosse, teríamos que dizer que os grandes nomes da antiguidade, tais como Leonardo da Vinci, Rafael, Aristóteles etc. foram todos uns fracassados por não terem diploma, o que é absurdo!

O Brasil está mudando e creio que esteja na hora de destruirmos essa "cultura do diploma" que está enganando gerações de estudantes e condenando-os ao fracasso de uma educação robotizada e sem sentido. As opções para obter sucesso profissional estão por toda parte e a escola não é o único caminho!



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Um comentário:

  1. Olá ...Tenho um blog, aliás estou começando Agora e busco parcerias com blogs diversos...
    Desde ja agradeço. ..
    www.robsondemorais.blogspot.com.br

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