quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

O Cristianismo foi um ótimo negócio para mulheres

Em seu livro “o privilégio de ser mulher”, a filósofa Alice Von Hildebrand argumenta que no Cristianismo, a mulher já foi concebida como o ser mais glorioso. Em suas palavras:

“Se prestarmos bem atenção em Gênesis, a criação divina obedece a uma escala de ascensão, do inferior ao superior: primeiro Deus fez os seres inanimados, depois os animados sem alma, depois fez o homem como ser racional e, por fim, terminou com chave de ouro ao criar a mulher”.

Ainda na Bíblia podemos constatar outras situações em que as mulheres eram respeitadas:, uma mulher viúva poderia casar com o seu cunhado para não ficar desamparada e não ser mal vista perante a sociedade; quando Cristo ressuscitou, as mulheres foram as primeiras a avistá-lo e seu testemunho foi levado à sério num período em que não se acreditava na palavra delas. As mulheres dotadas de grande devoção a Deus foram elevadas à categoria de Santas, atributo que o mundo antigo sequer ousou cogitar. Maria é, abaixo de Cristo, a pessoa mais importante do Cristianismo católico e seu culto é realizado no mundo inteiro, como símbolo da perfeição feminina de uma serva de Deus: O Marianismo. O Deus que criou o universo poderia ter enviado seu filho diretamente do céu para a Terra, mas Ele viu que existia uma mulher tão santa que era digna de recebê-lo em seu ventre.

Na Idade Antiga, as mulheres que participavam de cultos religiosos ao deus Eros não eram respeitadas como seres humanos, pelo contrário, elas eram desumanizadas. Seus corpos não tinham valor divino. Eram meros objetos que serviam ao prazer masculino para que homens pudessem chegar ao “êxtase espiritual”. Diferente tratamento oferece o Cristianismo ao enxergar que a mulher é um ser cuja dignidade é única e merece enorme respeito. Se a mulher cristã deve esconder seu corpo do mundo e revelá-lo somente ao seu marido não é por motivos de repressão, mas para preservar seu valor, afinal toda jóia rara e preciosa deve ficar escondida, longe do olhar de homens mal intencionados, e deve ser colocada sob a guarda de um vigilante virtuoso. A sexualização do corpo feminino que observamos hoje não dignifica a mulher, apenas a transforma em uma mercadoria (Deus caritas est. Bento XVI).

Na antiguidade era comum a poligamia masculina em muitas civilizações. O Cristianismo, com sua forte influência, acabou com esse hábito determinando que cada homem poderia ter apenas uma única mulher. E ele não tinha direito de maltratá-la, pois o homem deve amar sua esposa como Cristo amou a Igreja (Efésios 5:25).

Ao contrário do que se pensa, na Idade Média as mulheres não foram impedidas de estudar e o livro “mulheres intelectuais da Idade Média” (Marcos Costa & Rafael Costa) comprova isso categoricamente. A igreja católica criou as primeiras universidades, hospitais e centros de assistência social que evidentemente beneficiaram inúmeras mulheres ao longo dos séculos (Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental, Thomas Woods Jr.).



...

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Mulheres deprimidas e sem família: o desastre do feminismo


Recentemente, um amigo que trabalha com o governo dos Estados Unidos atendendo emergências de saúde mental, me disse que, dos casos que já tratou, um dos mais comuns é o de mulheres com mais de 40 anos com depressão, porque estão sozinhas e não têm família.

Essa conversa me lembrou os longos papos que tive com um psicólogo colombiano que me disse que chega um momento em que as mulheres começam a privilegiar uma vida familiar mais bem-sucedida do que o sucesso no trabalho, mas que, infelizmente, às vezes esse momento chega tarde demais, quando não há tempo para começar uma família.

Embora as intelectuais do feminismo insistam em dizer que não é necessário ter um homem ou uma família para serem felizes, e as mais radicais inclusive garantem que o casamento e os filhos escravizem as mulheres, impedindo-as de serem livres e alcançar a felicidade, na vida real, suas teorias não parecem funcionar.

Quanta razão tinha Ludwig von Mises quando falou sobre a importância do casamento e da família para uma mulher:

“Não se pode alterar por decreto as diferenças de caráter e destino de cada sexo, bem como as outras diferenças entre os seres humanos (…) O casamento não priva as mulheres de sua liberdade interior, mas essa característica de seu caráter significa que elas precisam entregar-se a um homem e que o amor pelo marido e pelos filhos consome o melhor de suas energias. (…) Com a supressão do casamento, as mulheres não são mais livres ou felizes, são simplesmente privadas do que é substancial em suas vidas, sem dar0lhes nada em troca.”

Historicamente, as mulheres sempre exerceram o papel de cuidadoras. Ainda hoje, quando uma mulher pode estudar o que quiser e se dedicar à profissão que deseja, continuam decidindo de acordo com sua natureza, preferindo ciências sociais e evitando números. Nada disso é gratuito, somos mais hábeis em comunicar e ouvir, temos mais empatia.

Também o tipo de trabalho que as mulheres decidem ter é fortemente determinado pela biologia e pelo instinto materno. Muitos optam por deixar o emprego por longos períodos, ocupar cargos de meio período ou trabalhar em atividades que possam desenvolver em suas casas, porque seu instinto materno as faz privilegiar estar com seus filhos antes de qualquer outra coisa. Porque elas sabem que ninguém vai cuidar deles melhor do que elas.

Não há mulher que não conheça os sacrifícios de ser mãe; no entanto, mesmo assim, todas as mães preferem deixar suas coisas em segundo lugar para dar vida e formar uma família.

A força biológica que faz as mulheres se comoverem cada vez que veem uma criança na rua, o instinto que as faz se preocuparem em ter certa idade porque ficam sem tempo para ter o bebê com o qual sonhavam desde que eram meninas brincando com bonecas, e que as empurram a deixar de lado suas carreiras, ocupações e outros sonhos, nada mais e nada menos que a força que, ao longo da história da humanidade, influenciou o comportamento das mulheres, é a que quer negar o feminismo.

Esses movimentos, com supostos intelectuais que pretendem libertar as mulheres, as convenceram sobre muitas coisas completamente não naturais. Eles dizem que uma criança não é a maior felicidade da vida, mas um estorvo que impede a autorrealização. Eles transformaram a figura do marido, o ser mais amado, a quem se dedica toda a confiança, que é refúgio e fortaleza, em um inimigo. E sem nenhuma vergonha, eles ousaram afirmar que o lar é o lugar mais perigoso para uma mulher.

Eles até convenceram muitas mulheres de que matar seus próprios filhos é bom, que um aborto é como arrancar um dente.

Hoje, existem muitas mulheres que veem sua vida como uma competição contínua com os homens. O cônjuge deixou de ser um parceiro para o qual são feitos sacrifícios mútuos a fim de alcançar objetivos comuns e tornou-se um ser com o qual se deve ter cuidado porque “todos os homens são potencialmente perigosos” e, no final, esses intelectuais acabam apenas roubando das mulheres seus melhores anos.

Hoje, muitas jovens têm em mente que uma criança é uma desgraça e, na melhor das hipóteses, acreditam que não podem ter uma família até que tenham feito um pós-doutorado e sejam milionárias.

Por que desperdiçar a vida fazendo sacrifícios por outra pessoa e adaptando meus planos aos de um homem? Por que cuidar de crianças quando você pode sair e conquistar o mundo? Por que se esforçar para construir relacionamentos longos, compreendendo o outro, perdoando e cedendo, se existe sexo casual? Essa é a ideia que eles venderam para as jovens hoje.

Só que, inevitavelmente, para a maioria chegará o momento em que necessitará do calor de um lar e da esperança que uma criança traz à vida. Algumas se dão conta a tempo, para outras, será tarde demais quando acordarem das fantasias da suposta libertação que os pós-modernistas lhes venderam.

Pode haver mulheres que conscientemente – por diferentes razões – não querem ter filhos ou formar um lar. Também está claro que existem mulheres que, devido às circunstâncias da vida, não podiam ter filhos ou constituir família, e ainda assim foram felizes. Mas o caso é diferente daquela que, acreditando em histórias feministas, ao longo de sua vida vê os homens como um perigo potencial e a maternidade como um obstáculo.

Essas jovens, envenenadas pelas novas teorias, terão evitado formar uma família, porque lhes disseram que não valia a pena fazer sacrifícios por outra pessoa, que “ceder” em um relacionamento era humilhar-se diante de um homem, acreditando que ser feliz era apenas uma questão de ter um bom trabalho, e um dia, quando a solidão explodir em seus rostos, elas perceberão que mentiram para elas e que passaram anos “se defendendo” de um suposto inimigo que não existia. Que passaram anos evitando a questão mais importante da vida: a família.

Elas nem sequer tentaram – diferente é a situação daquelas que, por razões de vida, falharam em formar uma família. Falamos de mulheres que veem o homem como um inimigo e que acreditaram nessas ideias absurdas de que a liberdade é não se comprometer e não ter filhos.

Intelectuais feministas que afirmam conhecer a fórmula para que as mulheres sejam felizes estão formando gerações de meninas que chegarão aos 40 anos, talvez com uma vida profissional bem-sucedida, mas acordando para a realidade da solidão e percebendo que, por terem acreditado em falsas teorias de libertação e empoderamento, negaram a si mesmas a oportunidade de viver facetas fundamentais na vida de uma mulher: ser esposa e mãe.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Como o “casamento gay” nos agride? Aqui está.


Os cristãos são freqüentemente perguntados por gayzistas quanto aos motivos de se oporem ao “casamento” homossexual. “Como nosso ‘casamento’ os agride?”, perguntam eles.

Bem, posso pensar em uma forma significativa de como isso nos agride: isso vai destruir a liberdade religiosa e os direitos de liberdade de expressão.

A pergunta está escrita num muro no Canadá, que legalizou o “casamento” do mesmo sexo em 2005, mudando completamente seu verdadeiro significado. Desde então, como Michael Coren observa na National Review Online, “houve entre 200 e 300 procedimentos … contra críticas e opositores do casamento do mesmo sexo.” É claro que ele quis se referir a procedimentos legais.

Por exemplo, em Saskatchewan, um homem homossexual chamou um comissário estadual de casamento, querendo “se casar” com seu parceiro. O comissário, um cristão evangélico, recusou-se a realizar a cerimônia por razões religiosas. Ele simplesmente encaminhou o homem para outro comissário.

Mas isso não foi suficiente para o casal gay. Embora tenham recebido a cerimônia, eles queriam punir o cristão que havia recusado a conduzi-la. O caso acabou nos tribunais. E o resultado? Aqueles com objeções religiosas para realizar tais cerimônias agora enfrentam a perda de seus empregos.

As igrejas canadenses também estão sob ataque. Coren escreve que quando Fred Henry, o bispo católico romano de Calgary, Alberta, enviou uma carta às igrejas que explicam o ensino católico tradicional sobre o casamento, ele foi “acusado de violação dos direitos humanos” e “ameaçado de litígio”.

Igrejas com objeções teológicas para realizar cerimônias de “casamento” do mesmo sexo estão sendo ameaçadas com a perda do status de isentas de impostos. Na Colúmbia Britânica, os Knight of Columbus concordaram em alugar seu prédio para uma recepção de casamento antes de descobrir que se tratava de um casal de lésbicas. Quando descobriram, pediram desculpas às mulheres, concordaram em encontrar um local alternativo, e pagaram os custos da impressão de novos convites. Mas isso não foi bom o suficiente. As mulheres entraram como processo, e a Comissão de Direitos Humanos ordenou aos Knights of Columbus que pagassem uma multa.

É claro que as lésbicas sabiam perfeitamente o que a Igreja Católica ensina sobre o casamento, mas, ainda assim, buscaram um edifício de propriedade católica.

Como diz Michael Coren, “está se tornando óbvio que pessoas, líderes e organizações cristãs estão sob a mira, quase que certamente, para criar precedentes legais” – precedentes destinados a silenciar e punir qualquer um que se atreva a discordar do chamado “casamento” gay.

Se você acha que isso não poderia acontecer aqui, pense novamente. Em 2012 vimos o ObamaCare atacar a autonomia das igrejas católicas tentando forçá-las, em violação do ensino católico, a pagar por contraceptivos e abortivos para os funcionários da igreja. Logo em seguida, uma funcionário lésbica de um hospital católico em Nova York processou o hospital por negar seus benefícios de saúde conjugal.

Isto é o que precisamos dizer aos nossos vizinhos quando nos perguntam: “Como o casamento gay” os faz mal?” Isso significa que aqueles hostis a nossas crenças tentarão nos dobrar a vontade deles para nos forçar a não apenas aceitar esse tipo de “casamento “, mas para desculpá-lo também.

É por isso que exorto você a se juntar ao meio milhão de cristãos que assinaram a Declaração de Manhattan.

Você e eu devemos demonstrar amor aos nossos vizinhos homossexuais, é claro, lembrando que estamos envolvidos, em última análise, numa guerra espiritual. Mas devemos defender-nos corajosamente quando os nossos direitos como cidadãos e as exigências da nossa consciência estão ameaçados.



...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O problema do cálculo econômico sob o Socialismo


Em 1920 o economista austríaco Ludwig von Mises apresentou ao mundo o seu livro “O calculo econômico sob o socialismo” alertando seriamente que o cálculo econômico socialista era impossível e a implantação deste regime levaria qualquer país a pobreza. Mises argumentou que quando o mercado é abolido e o Estado se torna dono de todos os meios de produção, o preço que era praticado no mercado desaparece impedindo assim que os recursos sejam alocados de maneira eficiente. 

Tomemos o seguinte exemplo didático: quando os capitalistas desejam construir uma ferrovia para transportar bens, eles avaliam todos os pormenores do empreendimento, se este novo negócio será lucrativo ou não. Se não o for, ou seja, se os custos de produção forem maiores que os lucros, os capitalistas imediatamente desistem da operação porque sabem que essa alocação de recursos não vai interessar ao povo e nem a eles, pois trata-se de uma alocação que gera desperdícios de recursos. Os capitalistas fazem essas predições com base nas informações fornecidas pelo mercado; já o Estado Socialista não tem como fazer essas previsões, pois nele, o mercado é abolido, juntamente com os preços, tornando a economia socialista totalmente cega, ou seja, incapaz de fazer as contas entre os gastos de produção e o lucro final, de modo que não é possível saber se o estado está fazendo alocações corretas e tornando a nação mais rica ou empobrecendo-a. 

Até hoje Ludwig Von Mises permanece irrefutável, afinal há quase 100 anos que socialista algum jamais encontrou qualquer falha central em sua teoria. O palestrante Jeseph T. Salerno nos explica um pouco sobre a teoria de Ludwig Mises:


A Teoria a cerca do Cálculo Econômico Socialista possibilita compreender o motivo pelo qual os países capitalistas são sempre mais prósperos do que os países socialistas. A antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) sofreu com a pobreza e até fome durante 70 anos sob o regime socialista, mas bastou retornar ao capitalismo que em menos de 3 décadas já se tornou uma superpotência temida no mundo inteiro. O que dizer da China socialista então que sob o comando de Mao Tsé Tung matou 45 milhões chineses por inanição? Foi necessário que o líder, mais pragmático e menos conhecido, Deng XiaoPing restabelecesse a economia de mercado para que o país prosperasse, mesmo assim a economia chinesa ainda permanece fortemente controlada pelo Estado. A Coréia do Norte atualmente sofre sérias acusações de canibalismo devido à fome intensa que seus cidadãos sofrem sob o comando de Kim Jong-Un. Nem preciso dizer que na ilha caribenha de Fidel Castro o povo sofre com o racionamento de produtos: o governo determina o que e o quanto cada cidadão pode consumir; se os cidadãos quiserem mais, precisarão recorrer ao contrabando, correndo o risco de serem presos. E agora é a vez da Venezuela de Nicolás Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez, que sofre com o desabastecimento de produtos (incluindo produtos básicos como papel higiênico), inflação acima de 50% (2013). Sofre ainda a falta de energia elétrica (ou será que o governo causa blackouts de propósito para punir uma população insatisfeita com o regime socialista?). Todos esses países eram potencialmente ricos. A Venezuela, por exemplo, é uma das mais poderosas detentoras de petróleo do mundo! E, no entanto, faltam nas prateleiras dos supermercados produtos básicos para o uso diário. Isso é um paradoxo incrível! Nada está sendo inventado aqui. Todas essas constatações estão largamente documentadas em diversos livros de História.

Voltando ao debate sobre o Cálculo Econômico, o economista polonês e marxista Oskar Lange tentou contra-argumentar Mises, alegando que a economia socialista poderia funcionar se houvesse uma espécie de simulacro do funcionamento do mercado, mas Friedrich Hayek, aluno de Mises, além de apontar inúmeras falhas concebidas por Lange, rebateu perguntando por quais motivos esse modelo seria melhor que o livre mercado. Hayek também apontou que seria totalmente irracional substituir bilhões de decisões de indivíduos que atuam no mercado por um modelo centralizado e dependente das decisões de “iluminados” burocratas do comitê de planejamento, isso geraria um Estado altamente burocrático e corrupto. No fim das contas Oskar Lange teve que se render e escreveu em seu ensaio “Sobre a Teoria econômica do Socialismo” o seguinte:
“Os socialistas certamente têm boas razões para se mostrarem gratos ao professor Mises, o grande advocatus diabol da causa deles. Pois foi o seu poderoso desafio que obrigou os socialistas a reconhecerem a importância de se ter um adequado sistema de contabilidade econômica para guiar a alocação de recursos em uma economia socialista. Mais ainda: foi principalmente por causa do desafio apresentado pelo Professor Mises que muitos socialistas se tornaram cientes da existência de tal problema... [O] mérito de ter feito com que os socialistas abordassem sistematicamente esse problema pertence totalmente ao Professor Mises.
Tanto com uma forma de expressar reconhecimento pelo grande serviço prestado por ele, quanto como uma forma de se lembrar da primordial importância de se ter um sólido método de contabilidade econômica, uma estátua do Professor Mises deveria ocupar um lugar de honra no grande hall do Ministério da Socialização ou no do Comitê de Planejamento Central do estado socialista”
Muitos socialistas ainda hoje acreditam firmemente que a economia pode ser controlada pelo Estado sem causar nenhum dano aos indivíduos de um país. Quanta arrogância! No fundo, ao que tudo indica, eles apenas não querem admitir que Karl Marx estava errado.


...


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Porque conservadores devem ser contra a pena de morte?

Chegamos a uma situação onde a violência está muito alta, por isso o posicionamento da população se tornou tão brutal ou extremista a ponto de mais da metade dela ser a favor da pena de morte, mas isso, apesar de compreensível, está errado. Nem a polícia e nem o estado podem ser transformados em órgãos ou grupos de extermínio, isso é contra o conservadorismo e a noção de justiça moldada no ocidente. O Estado e a polícia foram criados para manter a paz, a ordem e a segurança e não para se transformarem em justiceiros. Se incentivarmos a corrupção e o desvio de função da polícia ou do Estado, nós não poderemos reclamar depois da corrupção nos outros setores públicos.

Dizer por exemplo que somos a favor da vida (contra o aborto) e logo em seguida querer a pena de morte para bandidos é uma incoerência, uma falha na lógica aristotélica. Só exitem 2 possibilidades de não cairmos em contradição:

1- ou todas as vidas tem igual valor;
2- ou nenhuma vida tem valor.

Se nosso posicionamento é contra o aborto e a favor da vida, então temos que desejar preservar a vida dos criminosos também para confirmar que todas as vidas tem igual valor.

A vida de um criminoso só pode ser retirada no caso específico de legítima defesa da vida dos policiais ou dos cidadãos, mas este é um resultado não-desejável ou inevitável, uma exceção para um caso extremo em que somos obrigados a forçar os bandidos a respeitarem nosso direito à vida.

É claro que devemos aplicar uma pena dura aos bandidos para desincentivar a criminalidade, isso é justiça. Para bandidos que cometerem crimes hediondos (ou aqueles psiquiatricamente irrecuperáveis) o estado poderia simplesmente mantê-los em prisão perpétua. Eles iriam ter que trabalhar para se sustentar, trabalhar para obter água, comida, roupas etc. Se eles se recusassem a trabalhar, não receberiam nada e em caso de morte por inanição, o Estado poderia considerar suicídio e se eximir da responsabilidade em ter que indenizar sua família.

O bandido sustentaria e ainda ficaria pra sempre afastado do convívio social. Todo mundo sai ganhando sem ter que transformar o Estado ou a polícia em organizações de extermínio.

Com base nessa exposição, solicito aos caros militantes conservadores que repensem um pouco sobre essa questão, em especial, meu apelo vai aos católicos, pois a igreja condena a pena de morte e você tem que acatar o posicionamento oficial dela.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Um motivo para ser contra o aborto

Há algo que existe em todas as sociedades que são ou foram, mesmo que não sejam mais, cristãs e que não existe entre os islâmicos, entre os orientais, entre os africanos, entre os índios brasileiros, assim como não existia em nenhuma sociedade antiga. Esse "algo" se incorporou nas legislações e na moralidade comum, de modo que existe mesmo em países cuja população é hoje majoritariamente ateia, desde que tenham sido cristãos um dia. É um princípio que nem sempre se realizou ou se realiza na prática, mas que se mantém como princípio fundante. É por causa dele que os países cristãos aboliram a escravidão (que praticaram, assim como todos os outros, mas por cuja abolição foram os únicos a lutar) e foram, um a um, abolindo a pena de morte, embora ela ainda exista em alguns estados americanos.

Esse princípio é a ideia de que todas as vidas são igualmente valiosas e igualmente importantes; todas as vidas são sagradas e invioláveis, mesmo as dos escravos, dos fracos, dos aleijados, dos doentes, dos velhos, dos defeituosos, porque todos os seres humanos são dotados de uma alma imortal. Não existiu nada semelhante em nenhuma outra cultura e nenhuma outra religião. Os espartanos inspecionavam um recém-nascido e, se achassem que tinha algum defeito, o abandonavam ao relento -- muito semelhante ao que fazem algumas tribos de índios brasileiros. Platão fala do infanticídio na República como coisa corriqueira. Centenas de civilizações abandonavam ou matavam os velhos e doentes. Sacrifícios humanos sempre foram comuns nas mais diferentes civilizações, assim como matar empregados ou escravos de um senhor que morria para que o acompanhassem à outra vida.

Só o cristianismo acabou com tudo isso. Muitas vezes, é verdade, esse princípio não foi posto em prática, mas sempre esteve lá como princípio e ao longo dos séculos foi se fazendo valer cada vez mais nas sociedades cristãs e naquelas que foram cristãs e se tornaram laicas. É por causa desse princípio que essas sociedades sempre se colocaram contra o aborto.

Evidentemente, você não precisa ser cristão para apoiar esse princípio: me dê um motivo, sem ser religioso, para não legalizar os sacrifícios humanos. Esse será o seu motivo para não legalizar o aborto. Mas a situação é diferente, diz você, porque o feto não é uma vida, não é um ser humano. Ora, a verdade é que você não tem certeza disso, eu não tenho certeza disso, a ciência não tem certeza disso. Por que não assumir inteiramente essa incerteza? Ao praticar o aborto, você tem 50% de chances de eliminar uma coisa incômoda e 50% de chances de matar um ser humano. Você aceita o risco?

Em qualquer caso, vai sempre pairar a suspeita de que aquela coisa incômoda era, na verdade, um ser humano e portanto o princípio já estará violado: está justificado tirar vidas humanas quando uma mãe não deseja um filho. Mas se é assim, por que não matar um doente do qual a família não deseja cuidar? Por que não matar velhos que só dão gastos? Por que não matar mendigos que só importunam? Se o princípio não existe mais e há uma circunstância em que é aceitável tirar uma vida, por que não em outras circunstâncias? Uma vez que o princípio está violado, tudo é permitido.

Assim, a resposta curta ao "motivo, sem ser religioso, para não legalizar o aborto", é a seguinte: se você começar fazendo aborto, em breve estará matando velhos, doentes e indesejáveis. Se é isso o que você deseja -- porque, pensando direitinho, não há nenhum motivo sem ser religioso para não fazer isso -- vá em frente.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vantagens da Monarquia Parlamentarista sobre a República


Muitas dúvidas e incertezas ainda fazem parte do pensamento daqueles que estão conhecendo o movimento de restauração da monarquia. Isso é natural e saudável: quanto mais estudarmos esse assunto, mais questionamentos irão surgir, por isso precisamos nos aprofundar e ler tudo que estiver ao nosso alcance. Este texto contém um breve resumo (que não dispensa outras leituras mais detalhadas) que constata a superioridade da Monarquia Parlamentarista sobre a República Presidencialista. Vamos lá:

1- SOLUÇÃO RÁPIDA DE CRISES:
Quando há crises na monarquia, o imperador simplesmente dissolve o parlamento e convoca novas eleições para o povo escolher novos líderes políticos. Na República, uma crise pode se arrastar por anos haja vista que um impeachment de um presidente é um processo longo, complexo, oneroso para os cofres públicos e ainda resulta em inúmeras manobras corruptas para colocá-lo em prática e para evitá-lo. Além do mais, a República Presidencialista é incapaz de dissolver o parlamento. Portanto, mesmo que o presidente caia, o congresso continua de pé.

2- LIBERDADE E DIVERSIDADE DE IDÉIAS:
O parlamento é um ambiente onde os congressistas, eleitos pelo povo, exercem seu poder de expressão. O saudável debate entre eles promove uma cultura de respeito, liberdade e diversidade de opiniões. Nele, as leis são criadas com a ajuda de muitos. Já na República, não há troca de idéias, as ações políticas tendem a ser tomadas por uma só pessoa, o presidente, que usa o veto e medidas provisórias para se impor sobre os congressistas. Na República, o poder executivo tende a esmagar o legislativo. Não há diálogo, no máximo há negociatas e troca de favores. 

3- CONHECEMOS A FAMÍLIA REAL: 
Na monarquia, o povo tem a oportunidade de conhecer cada membro da família real, acompanhar sua vida e educação ao longo dos anos e, por extensão, conhecemos suas personalidades e caráter. Na República, os políticos aparecem do nada, mal sabemos quem eles são, não sabemos quase nada sobre suas vidas, educação ou índole. 

4- MONARCA É APARTIDÁRIO:
o monarca não é eleito, por isso, ele não precisa de financiamento de grandes empresas para chegar ao poder, porque ele já está lá e será vitalício, sendo assim, ele não deve favores nenhum a partidos ou empresários. Bem diferente de presidentes republicanos que, para serem eleitos, precisam ser financiados e ainda fazer alianças com outros partidos para chegar ao poder, restando depois ter que pagar os favores que recebeu, e isso é feito com doações de ministérios ou empréstimos feitos por bancos estatais que são controlados pelos governos.

5- POLÍTICAS DE LONGO PRAZO:
Como o poder do monarca é vitalício, esse sistema prioriza políticas estáveis e de longo prazo. Totalmente oposto na República onde as políticas são de curto prazo e o próximo eleito tende a acabar com a política do antecessor para que ele caia no esquecimento e seja desmoralizado.

6- RESPEITO AOS COFRES PÚBLICOS:
Na República, os eleitos sabem que só ficam no poder por 4 anos, por isso fazem de tudo para meter a mão no dinheiro do povo e enriquecer rapidamente. Na monarquia isso não acontece porque se o rei ousar fazer isso, ele pode ser destituído do cargo, ter a reputação de sua família destruída e o povo pode acabar com a monarquia em seguida através de um plebiscito.

7- A PALAVRA VENCE A IMAGEM:
Em todos os países republicanos observa-se um fenômeno comum: vence aquele candidato que construir uma imagem de bonzinho, humilde, pai de família etc. sendo que suas idéias políticas pouco importam; Na monarquia vence o candidato que souber se expressar melhor com bons argumentos e tiver idéias claras de seu futuro governo.

8- SEPARAÇÃO ENTRE ESTADO E GOVERNO:
Na monarquia a figura do rei representa o estado (entidade permanente) e o 1º ministro representa o governo (entidade passageira). Na República, o presidente é ambos, o que por sua vez gera uma grande confusão e fragiliza as instituições que, em vez de atuarem pelo bem do estado e do povo, acabam agindo para beneficiar o governo (que é passageiro). Saiba mais clicando aqui...

Para mais esclarecimentos sobre o funcionamento da Monarquia Parlamentarista, aconselhamos a leitura do livro "O que é Parlamentarismo Monárquico" do escritor Ives Gandra da Silva Martins.


...

quinta-feira, 7 de abril de 2016

A escola não é o único caminho

O mundo é realmente um lugar incrível, pois às vezes aprendemos uma lição de onde menos esperamos. A breve história que contarei agora é real.

Eu estava sozinho numa mesa de restaurante em horário de almoço, quando um homem de aproximadamente uns 40 anos e de aparência humilde perguntou se podia sentar ao meu lado. Respondi que sim e uma longa conversa teve origem. No meio dela, ele contou que trabalhava naquelas máquinas pesadas construindo rodovias. Contou com orgulho que ganhava 5 mil reais, salário este que nem mesmo vários “doutores” que passaram a vida estudando feito loucos, com a cabeça enfiada em livros, não conseguem. Detalhe: o homem havia estudado apenas até a 4ª série. 

A principio, alguém desconfiado não acreditaria na cifra dita por ele, mas eu acredito e por dois motivos: (1) conheço outras pessoas do mesmo ramo que afirmam ganhar nessa faixa. (2) a relação serviço-salário teoricamente está em pleno acordo com a lei de mercado que diz: Se poucas pessoas aceitam trabalhar em determinado ramo, então será preciso aumentar o preço do salário para atrair mais pessoas interessadas em determinado emprego. Simples então: trabalhar com máquinas pesadas para construir rodovias é um serviço que poucas pessoas querem, em conseqüência disso, as empreiteiras são forçadas a aumentar o valor do salário para atrair trabalhadores interessados.

No entanto, o que me chamou atenção na história foi a afirmação categórica do homem: “estudei pouco na vida, porém ganho mais dinheiro que muitas pessoas que possuem diploma por aí, muitos deles estão até desempregados com seus diplomas pendurados na parede”. Confesso que isso me derrubou. Um homem simples acabou de me ensinar que no Brasil, há uma bizarra “cultura do diploma” que muitas vezes não nos leva a lugar algum.

A cultura do diploma seria a crença de que todos os cidadãos precisam freqüentar escola, tirar boas notas, passar de ano, passar no vestibular, se formar e então ser feliz ganhando rios de dinheiro e ser socialmente respeitado. Mas isso é quase totalmente falso. Porque a “escola” padronizada pelo governo não é o único caminho para obter sucesso profissional e realização pessoal. Há milhares de outros caminhos, outras opções. A opção que aquele homem escolheu é apenas uma entre as tantas que existem.

Se pararmos para pensar na escola atual, teríamos que dizer que ela nem sequer está entre as melhores opções. Vejamos a rotina de uma escola comum: os professores despejam conteúdo na cabeça dos alunos numa aula tediosa e passiva, os alunos estudam apenas para “tirar notas e passar de ano”, quase nada aprendem e aos pais só cabe a responsabilidade de cobrar boas notas dos filhos e exigir um diploma ao final dessa tortura. A leitura? Todos odeiam. O gosto pelo conhecimento? Passa longe. Só resta em seguida estudar de forma absurda aquelas matérias que todos odeiam na esperança de passar no vestibular e ser feliz!
Há outros caminhos que fogem da escola, é nisso que temos que nos concentrar. Pensando sobre o caso daquele homem, lembrei que conheço pessoas que trabalham em diversos ramos e tranquilamente ganham salário acima de 2 mil reais (um salário relativamente bom em muitos locais do Brasil) e essas pessoas não possuem um diploma universitário, elas simplesmente optaram por um trabalho que aliasse um bom salário e a satisfação pessoal. Lembrei daquele garoto de 9 anos que é pintor talentoso e já ganhou quase um milhão vendendo seus belíssimos quadros. E lembrei ainda de uma garota de 18 anos que faz vestidos maravilhosos que parecem retirados de filmes de princesas. Que instituição ensinou esses jovens a desenvolver seus talentos: a escola? Definitivamente NÃO. Se dependesse da escola, esses jovens estariam stressados ou entediados estudando para provas, enquanto seus talentos e sonhos seriam destruídos ao longo dos anos. O que esses jovens têm em comum é o fato especial de terem aliado o que sabiam fazer de melhor, seus talentos, a uma visão empreendedora de mercado, mas isso só foi possível porque eles tiveram liberdade para fugir do padrão robotizado da escola governamental.

O que estou tentando dizer no fim das contas é que frequentar a escola padronizada pelo governo e ter diploma não é garantia alguma de sucesso profissional, pelo contrário, pode gerar até amargas frustrações. Se a escola só ensina matérias tediosas que nenhum estudante tem interesse, com assuntos que jamais serão colocados em prática no cotidiano das pessoas e que em nada ajuda na formação profissional, fica claro que esta escola moderna está no caminho errado e que gerações de estudantes estão sendo enganados!

Assim sendo, ter um diploma então não pode ser motivo de orgulho e soberba, já que o caminho para obtê-lo é uma tortura absurda e, muitas vezes, gera até decepções, tais como baixos salários e até desemprego. Da mesma forma, não ter diploma universitário não é sinônimo de fracasso ou vergonha, pois se assim o fosse, teríamos que dizer que os grandes nomes da antiguidade, tais como Leonardo da Vinci, Rafael, Aristóteles etc. foram todos uns fracassados por não terem diploma, o que é absurdo!

O Brasil está mudando e creio que esteja na hora de destruirmos essa "cultura do diploma" que está enganando gerações de estudantes e condenando-os ao fracasso de uma educação robotizada e sem sentido. As opções para obter sucesso profissional estão por toda parte e a escola não é o único caminho!



....

quarta-feira, 30 de março de 2016

Isabela Mantovani: especialista em saúde pública refuta defensores do aborto


Isabela Mantovani, especialista em saúde pública refuta, com dados e fontes do próprio governo federal, diversas mentiras propagadas por defensores do aborto, dentre elas constam:
  1. - legalizar aborto, salva as mulheres;
  2. - legalizar o aborto, diminui o número de aborto; 
  3. - o número de aborto está aumentando no Brasil;
  4. - o Brasil tem 1 milhão de abortos por ano.
A defesa do aborto sem dúvida representa um grave problema moral, mas tão ruim quanto isso é usar a mentira para pôr em prática uma ideologia.


...