quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

O Cristianismo foi um ótimo negócio para mulheres

Em seu livro “o privilégio de ser mulher”, a filósofa Alice Von Hildebrand argumenta que no Cristianismo, a mulher já foi concebida como o ser mais glorioso. Em suas palavras:

“Se prestarmos bem atenção em Gênesis, a criação divina obedece a uma escala de ascensão, do inferior ao superior: primeiro Deus fez os seres inanimados, depois os animados sem alma, depois fez o homem como ser racional e, por fim, terminou com chave de ouro ao criar a mulher”.

Ainda na Bíblia podemos constatar outras situações em que as mulheres eram respeitadas:, uma mulher viúva poderia casar com o seu cunhado para não ficar desamparada e não ser mal vista perante a sociedade; quando Cristo ressuscitou, as mulheres foram as primeiras a avistá-lo e seu testemunho foi levado à sério num período em que não se acreditava na palavra delas. As mulheres dotadas de grande devoção a Deus foram elevadas à categoria de Santas, atributo que o mundo antigo sequer ousou cogitar. Maria é, abaixo de Cristo, a pessoa mais importante do Cristianismo católico e seu culto é realizado no mundo inteiro, como símbolo da perfeição feminina de uma serva de Deus: O Marianismo. O Deus que criou o universo poderia ter enviado seu filho diretamente do céu para a Terra, mas Ele viu que existia uma mulher tão santa que era digna de recebê-lo em seu ventre.

Na Idade Antiga, as mulheres que participavam de cultos religiosos ao deus Eros não eram respeitadas como seres humanos, pelo contrário, elas eram desumanizadas. Seus corpos não tinham valor divino. Eram meros objetos que serviam ao prazer masculino para que homens pudessem chegar ao “êxtase espiritual”. Diferente tratamento oferece o Cristianismo ao enxergar que a mulher é um ser cuja dignidade é única e merece enorme respeito. Se a mulher cristã deve esconder seu corpo do mundo e revelá-lo somente ao seu marido não é por motivos de repressão, mas para preservar seu valor, afinal toda jóia rara e preciosa deve ficar escondida, longe do olhar de homens mal intencionados, e deve ser colocada sob a guarda de um vigilante virtuoso. A sexualização do corpo feminino que observamos hoje não dignifica a mulher, apenas a transforma em uma mercadoria (Deus caritas est. Bento XVI).

Na antiguidade era comum a poligamia masculina em muitas civilizações. O Cristianismo, com sua forte influência, acabou com esse hábito determinando que cada homem poderia ter apenas uma única mulher. E ele não tinha direito de maltratá-la, pois o homem deve amar sua esposa como Cristo amou a Igreja (Efésios 5:25).

Ao contrário do que se pensa, na Idade Média as mulheres não foram impedidas de estudar e o livro “mulheres intelectuais da Idade Média” (Marcos Costa & Rafael Costa) comprova isso categoricamente. A igreja católica criou as primeiras universidades, hospitais e centros de assistência social que evidentemente beneficiaram inúmeras mulheres ao longo dos séculos (Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental, Thomas Woods Jr.).



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