quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A fome genocida criada pela reforma agrária

Há, na mentalidade esquerdista, a dificuldade de enxergar a relação entre objetivos idealizados e resultados reais de suas próprias ações políticas. Esquerdistas olham para o passado e conhecem os fatos históricos, mas não conseguem identificar os erros inerentes à sua ideologia. A paixão cega a razão. Assim sendo, esquerdistas estão condenados a cometer os mesmos erros antigos sem perceber o quanto irão prejudicar as gerações atuais e futuras (mas seriam mesmo erros acidentais ou ações intencionais?).

No que concerne à "questão agrária" não é diferente. Mesmo depois das inúmeras tragédias no campo ocorridas em revoluções socialistas, a esquerda continua a lutar nessa guerra hasteando a falsa bandeira de igualitarismo, mas na prática incentivando o ódio das massas contra os agricultores locais que são, por fim, esmagados pela mão de ferro do estado. A violência e o ódio são inerentes à mente revolucionária, por isso não devemos nos espantar com os genocídios provocados pelas suas ações. Hoje vamos fazer uma retrospectiva dos crime socialistas cometidos em nome da "reforma agrária". 

Vejamos alguns casos:

UCRÂNIA:

Holodomor (1932-1933) ou a Grande Fome, foi o genocídio ocorrido na Ucrânia, através das políticas soviéticas do governo Stálin, que gerou a morte de aproximadamente 7 milhões de civis em apenas 1 ano. Após a entrada de Stalin no poder, os ucranianos ainda mantinham forte resistência à política de expropriação de terras pelo governo russo. Stalin então resolveu radicalizar ainda mais: primeiro aumentou o confisco sobre os cereais produzidos pelos agricultores, depois estabeleceu metas de produtividade abusivas e, por fim, realizou a coletivização compulsória das terras. Agricultores eram obrigados a entregar toda sua produtividade ao estado, enquanto a comida apodrecia em armazéns de estoques do governo. O livro "Holodomor - A desconhecida tragédia ucraniana" escrito por José Eduardo Franco e Beata Cieszynska, relata essa história de maneira fenomenal. Mas a esquerda faz de tudo para esconder este fato.


CHINA:

"Aos que ainda adoram Mao Tsé-tung, idealizando a China comunista, recomendo o livro “A Grande Fome de Mao” de Frank Dikötter. O regime construído por Mao, cujo nome é apropriado, teria matado cerca de 70 milhões, segundo estatística conservadora, ou 100 milhões de pessoas, de acordo com estatística apontada por alguns historiadores como exagerada. Segundo o criterioso Dikötter, em apenas quatro anos, de 1958 e 1962, pelo menos 45 milhões de chineses passaram fome. Com o Grande Salto Adiante, espécie de vanguarda do atraso, Mao decidiu que era preciso mudar tudo para impulsionar o crescimento econômico da China e tornar o país tão ou mais competitivo do que os Estados Unidos e a União Soviética. Como os comunistas soviéticos, de quem era discípulo, até se tornar autônomo, Mao confundia propositadamente planos com resultados.

O líder chinês dizia que a China iria produzir tal quantidade de alimentos e produtos industriais — para exportar, é claro, e não necessariamente para consumo interno. Mas os resultados, em comparação com os discursos altissonantes, eram sempre pífios. Mao então arranjava culpados — nunca eram seus planos mirabolantes e irrealistas — e matava mais chineses, civis e militares, que estariam “boicotando” as metas do regime comunista." - FONTE: JORNAL OPÇÃO


CAMBOJA:

Em nome de uma sociedade rural e igualitária (sem família, sem religião, sem propriedade privada, sem mercado e sem moeda), os Khmer Vermelho, liderados por Pol Pot, tomaram o poder à força no Camboja e forçaram civis a saírem das cidades e irem para o campo entre os anos de 1975 a 1979. Muitos intelectuais foram assassinados porque "representavam" o Capitalismo, entre eles estavam médicos, professores, advogados, arquitetos, artistas e outros. Teatros, museus, bibliotecas foram transformados em chiqueiros para porcos.  Os civis foram condenados a trabalhos forçados no campo para se "reeducarem" das 05:00 até às 22:00 horas, com direito à poucas refeições diárias, o que rapidamente os levou à morte por desnutrição. Aqueles que ofereciam resistência eram fuzilados ou presos. A ditadura no Camboja terminou quando o Vietnam atacou e destruiu a milícia de Pol Pot que foi preso e condenado à prisão perpétua, porém viveu até aos 73 anos sem ter sido julgado por seus crimes contra a humanidade. O genocídio cambojano causado pelos comunistas do Khmer Vermelho resultou na morte de aproximadamente 1,7 milhões de civis (1/3 da população local), dentre os quais estavam cambojanos, vietnamitas, chineses e muçulmanos, e foi o tema do documentário The Khmer Rouge: killing machine no qual os sobreviventes da ditadura foram entrevistados.


ZIMBABUE:

"Passaram-se mais de dez anos desde que o governo presidente Robert Mugabe começou a nacionalizar as propriedades agrícolas comerciais dos brancos para as redistribuir pela população negra. Mas, os grandes beneficiários foram os apoiantes da ZANU-PF, a elite do seu partido, incluindo o próprio Mugabe e a sua mulher, que adquiriram várias propriedades. A nacionalização das chamadas “farms” dos brancos, no Zimbabué, deixou milhares de trabalhadores negros desempregados, destituídos e expulsos das terras onde viviam". (FONTE 1FONTE 2

VENEZUELA:

A História se repete na Venezuela. Hugo Chavez expropriou terras e Nicolás Maduro também e o resultado é sempre o mesmo: fome generalizada!



CONCLUSÃO:

Como se pode perceber, há uma enorme diferença entre o que a Esquerda diz e o que ela faz na prática. Com a Reforma Agrária, eles alegam estar defendo a melhor distribuição de terras para todos, mas na verdade esta é apenas uma tática para espoliar a terra dos agricultores produtivos e entregá-las aos líderes do partido e seus militantes.

Plantar, hidratar a terra e colher significa muito trabalho e não é qualquer um que está interessado em fazer isso. Na prática, as terras expropriadas viram grandes assentamentos de comunistas que esperam financiamento monetário do governo (para poderem roubar mais) e nada produzem. Os comunistas promovem a invasão de terras no intuito claro de provocar colapso na produtividade, seguido de escassez de alimentos agrícolas, inflação no preço dos produtos e fome generalizada.

Cedo ou tarde a fome, como consequência da "reforma agrária", irá acontecer no Brasil através de partidos de esquerda, MST, vitimismo afrodescendente exigindo "terras quilombolas" e índios querendo cada vez mais terras. Some a tudo isso a fraqueza política da direita no atual momento. Este alerta não é uma questão de opinião, mas sim um fato histórico previsível e recorrente em diversos países. Ao que tudo indica, para a esquerda, a "socialização de terras" é mais importante do que a vida de milhões de pessoas. 



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5 comentários:

  1. O socialismo obriga os homens do campo a trabalharem para o estado, como escravos, e confisca seus alimentos arbitrariamente.
    E quem não aceita ser escravizado dessa forma, é punido com a morte. Aconteceu isso na Ucrânia, onde Stalin matou 7 milhões de pessoas de fome no caso famoso do Holomodor, onde os agricultores não aceitaram a reforma agrária ditatorial e escravizante, e foram punidos com a morte. Stalin mandou confiscar a produção de todos eles, e impedia que alimentos chegassem pelas estradas de ferro e de chão.
    Mao Tse Tung fez o mesmo na China, com o grande salto para frente, onde matou dezenas de milhões de pessoas de fome.
    Vemos que o socialismo sempre é genocida, assim como as reformas agrárias feitas pelos socialistas.

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  2. Usuário "Historiador",
    o seu comentário não será publicado devido à tamanha farsa intelectual.
    você vem aqui dizer que "se não fosse a coletivização muito mais pessoas teriam morrido".
    Como você pode provar isso? você é capaz de prever o futuro?

    no mais, parece que você apenas tentou "provar" que o genocídio por fome causado na Ucrânia foi algo bom que Stálin fez por aquele povo. Faça o favor de não tentar envenenar os leitores deste blog com tolices ou farsas argumentativas.

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  3. Respostas
    1. Friedrick Hayek já falou como a economia socialista só funciona em comunidades pequenas, mas quando ela é colocada em prática em países, ela entra em colapso. Ele abordou isso no livro "O caminho da servidão" e pelo que a História mostrou, ele estava certo. Essa historinha de Marinaleda assim como os Kibutz, só serve para enganar os sonhadores socialistas, não a direita realista.

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  4. Eu seu texto ficou muito bom, é um bom apanhado dos crimes cometidos por esses monstros.

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